Ir com os pais ao mercado, shopping ou viagens, as crianças
vêem eles pagando os custos, mas não sabem exatamente de onde vem o
dinheiro. Desde cedo, os pais devem se preocupar em ensinar a educação financeira às crianças, e a melhor forma é dar bons exemplos, evitando gastos desnecessários ou o excesso de consumismo.
Segundo o economista José Paschoal Vaz,
não existe uma idade para começar a ensinar o filho que o dinheiro não
cai do céu, é preciso sentir a necessidade dos pequenos e a realidade
familiar, mostrando, através dos exemplos, o que realmente é necessário
gastar e o que deve ser economizado.
"As crianças aprendem muito com os
exemplos, então não adianta os pais falarem que é preciso economizar,
como é difícil ganhar dinheiro, se ao irem ao shopping, por exemplo,
saem comprando tudo sem controle", argumenta o especialista.
O economista recomenda dar pequenas
mesadas para os pequenos, orientando como e quando gastas, sempre
deixando claro que se acabar, só terão mais dinheiro na próxima semana
ou mês de acordo com o combinado no início. E o mais importante: tem que
cumprir o combinado, para que a criança saiba qual é o limite.
Acostumado a dar palestra sobre o
assunto para adolescentes, Vaz sempre utiliza um ótimo exemplo para
conscientizar os jovens sobre a necessidade de economizar para garantir
um futuro mais tranquilo ao envelhecer. O economista ensina que se
começar a economizar R$ 50,00 por mês aos 15 anos, aos 60, 45 anos
depois, se o dinheiro for bem aplicado, a pessoa poderá ter uma renda
fixa de R$ 2,6 mil reais por mês durante 20 anos.
"Os jovens não estão preocupados com o
futuro, querem viver o hoje, aproveitar a vida, não pensam que vão
envelhecer, então tento explicar que é importante poupar para garantir
um futuro mais sossegado financeiramente. Hoje são poucos os idosos que
tem uma renda superior a R$ 2,5 mil e acabam passando dificuldades ou
dependendo dos filhos", ressalta o economista.
E dizer que não sobra dinheiro para
poupar também é uma desculpa, segundo Vaz, já que as famílias gastam
demais com telefones celulares, internet, TV à cabo, roupas de marca,
entre outros itens.
Por Carmem Sanches
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