terça-feira, 3 de julho de 2012

Educação financeira: exemplos valem mais que a teoria


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Ir com os pais ao mercado, shopping ou viagens, as crianças vêem eles pagando os custos, mas não sabem exatamente de onde vem o dinheiro. Desde cedo, os pais devem se preocupar em ensinar a educação financeira às crianças, e a melhor forma é dar bons exemplos, evitando gastos desnecessários ou o excesso de consumismo.
 Segundo o economista José Paschoal Vaz, não existe uma idade para começar a ensinar o filho que o dinheiro não cai do céu, é preciso sentir a necessidade dos pequenos e a realidade familiar, mostrando, através dos exemplos, o que realmente é necessário gastar e o que deve ser economizado.

 "As crianças aprendem muito com os exemplos, então não adianta os pais falarem que é preciso economizar, como é difícil ganhar dinheiro, se ao irem ao shopping, por exemplo, saem comprando tudo sem controle", argumenta o especialista.

 O economista recomenda dar pequenas mesadas para os pequenos, orientando como e quando gastas, sempre deixando claro que se acabar, só terão mais dinheiro na próxima semana ou mês de acordo com o combinado no início. E o mais importante: tem que cumprir o combinado, para que a criança saiba qual é o limite.

 Acostumado a dar palestra sobre o assunto para adolescentes, Vaz sempre utiliza um ótimo exemplo para conscientizar os jovens sobre a necessidade de economizar para garantir um futuro mais tranquilo ao envelhecer. O economista ensina que se começar a economizar R$ 50,00 por mês aos 15 anos, aos 60, 45 anos depois, se o dinheiro for bem aplicado, a pessoa poderá ter uma renda fixa de R$ 2,6 mil reais por mês durante 20 anos.

"Os jovens não estão preocupados com o futuro, querem viver o hoje, aproveitar a vida, não pensam que vão envelhecer, então tento explicar que é importante poupar para garantir um futuro mais sossegado financeiramente. Hoje são poucos os idosos que tem uma renda superior a R$ 2,5 mil e acabam passando dificuldades ou dependendo dos filhos", ressalta o economista.


E dizer que não sobra dinheiro para poupar também é uma desculpa, segundo Vaz, já que as famílias gastam demais com telefones celulares, internet, TV à cabo, roupas de marca, entre outros itens.

Por Carmem Sanches

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