quarta-feira, 23 de maio de 2012

Síndrome da boazinha revela insegurança e baixa autoestima

Os riscos da síndrome da boazinha
Você já ouviu falar da "síndrome da boazinha"? São mulheres que tem compulsão por agradar e não medem esforços para ajudar a todos. Mas ao contrário do que parece ser, nem sempre toda essa generosidade pode ser benéfica à pessoa que a pratica, pois ela acaba se frustrando em não conseguir realizar nada do que deseja e dessa forma, sofre calada.

"As pessoas que sentem necessidade de agradar a todos acreditam por um tempo que conseguem viver bem, pois sempre agrada o outro, logo estão sempre com alguém por perto. Isso faz com que a mulher se sinta confiante, porém temporariamente. Com o tempo percebe que realizando somente a vontade do outro, tendo tempo para o outro, acaba deixando sempre o que é seu de lado. Para ela é difícil frustrar as pessoas, e se sente mais confortável dizendo sempre sim", afirma Paula Pessoa Carvalho, psicóloga infantil, comportamental e orientadora educacional.

A psicóloga explica que ser boazinha, o tempo todo, pode fazer com que a mulher perca a sua opinião própria e concordando com as atitudes alheias, somente para agradar, pode deixá-la com baixa autoestima, pois a própria pessoa identifica que suas relações se mantêm por deixar os outros em primeiro lugar, se doar o tempo todo e não dizer não.

Esse "medo" fica notório aos demais e, por isso, alguns se aproveitam para pedir favores, pois sabem que sempre terão suas vontades realizadas, uma vez que a "boazinha" nunca vai discordar de nada que lhe for imposto, mesmo não sendo o que deseja.

Um dos motivos de estresse das mulheres atualmente é justamente essa compulsão em ser prestativa e assim formam pilhas de tarefas para realizar. "A mulher moderna tende a agradar aos demais, por querer suprir sua ausência. Para aprender a dizer ‘não’ e expor suas insatisfações, é necessário determinar e aceitar o que realmente deseja fazer. Entender que em toda a escolha tem uma perda, e se a escolha for pela vida profissional, pessoal, social, ela faltará em alguns momentos, mais mesmo assim manterá sua personalidade", acrescenta Paula.

Existem diversas maneiras de dizer não e projetar aos outros as suas opiniões e vontades, sem ter medo de que alguém fique com raiva, por não estar disponível. Entre eles, evitar iniciar frases pedindo desculpas por não poder ajudar, ser breve na justificativa e não fazer rodeios.

"Se a pessoa não conseguir tomar esta iniciativa, a melhor forma para solucionar essa dificuldade é consultando um especialista para fortalecer sua autoestima e perceber todas as suas virtudes, mantendo relações saudáveis independente de ‘sim’ ou ‘não’", conclui a psicóloga.

Por Stefane Braga (MBPress)

RELEIA POSTAGEM DO DIZER NÃO, PARA O QUE TE FAZ MAL ->  DIZER NÃO AO QUE TE FAZ MAL

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