quinta-feira, 31 de maio de 2012

TEM COISAS QUE NINGUÉM ENSINA PRA GENTE;


Reflexão...

Tem coisas que aprendemos sozinhos mesmo...
Seja porque precisa ser assim, seja porque não tivemos outra escolha.

Tem coisas que ninguém consegue tirar de dentro da gente...
Nem mesmo a gente consegue tal feito.

Ninguém me ensinou a escrever ou a sentir a palavra angústia, ou dor, ou decepção, ou amor, ou alegria...

Aprendi cedo que pode-se aprender muito mais com o silêncio do que fazendo alarde...

Aprender com o silêncio e com as vozes interiores...é um aprendizado diário.

Estar atenta ao que me fala o silêncio que por vezes pode até incomodar...é um exercício que requer vontade e paciência.



De: Beth Corrêa da Costa

10 COISAS QUE IRRITAM QUALQUER UM












WE LOVE MUSIC - MICHAEL JACKSON EARTH SONG

Lição de vida !! Vamos praticar?
Beijos Bia Vale

SE AMAR FOSSE FÁCIL


CRIANÇAS PRECISAM APRENDER A RESPEITAR AS DIFERENÇAS



Crianças precisam aprender a respeitar as diferenç












Mães e filhos


Num país tão grande e multicultural como o Brasil, onde a linguagem e os hábitos se diferenciam de região para região, é muito comum à intolerância se apresentar em algum momento. Porém, é nos primeiros anos de vida que se deve aprender a respeitar as diferenças.

O importante é mostrar que existe um limite entre a curiosidade e a chacota e que ninguém é igual a ninguém.

 "É preciso fazê-los entender que a diferença não pode ser motivo de piada", afirma a psicóloga Ana Cássia Maturano, que reforça a necessidade de ensina-lás a conviver com as diferenças em todos os sentidos. 


Sotaque, óculos, aparelhos ortodônticos, raça, altura, enfim, são muitos os fatores que podem virar piadas. Algumas vezes, as crianças são influenciadas pelos preconceitos dos pais que, mesmo que não digam diretamente aos filhos, acabam fazendo comentários ou brincadeiras jocosas perto deles. O suficiente para dar às crianças subsídio para fazer gozações.



 Segundo a especialista, a melhor forma para ensinar o convívio natural com as diferenças é o convívio em sociedade e a escola é o primeiro grupo social da criança depois da família. "Não é preciso fazer apologia nem forçar o convívio como tentativas de ensinar o respeito às diferenças", exemplifica Ana Cássia. "Mas é interessante que os educadores aproveitem as oportunidades que surgirem para mostrar a importância da tolerância".

PROJETOS ENSINAM CIDADANIA PARA ESTUDANTES

Projetos ensinam cidadania para estudantes

Ensinar noções de  cidadania para as crianças e adolescentes. Esse é o objetivo do empresário curitibano Faruk El-Khatib, que desenvolve três projetos educacionais aplicados em diversas regiões do Brasil, com foco em diversos públicos.

O primeiro chama-se "Se Essa Rua Fosse Minha" e consiste na distribuição de material didático para estudantes do ensino fundamental, com conteúdo voltado a melhoria do comportamento de motoristas e pedestres no trânsito, a conservação da limpeza urbana, entre outros temas.

 O projeto, criado em 2006, já atingiu mais de um milhão de alunos e recebeu os Prêmios Denatran e Volvo.


"O retorno desse trabalho tem sido muito satisfatório, com solicitação de continuidade do programa para os próximos anos", concluiu Faruk El-Khatib.

Já com a proposta de oferecer noções de cidadania, cuidados com a saúde, defesa do patrimônio público e valorização da família, além de reforçar a educação no trânsito, o segundo projeto desenvolvido pela empresário chama-se "Esta Cidade Também é Minha", direcionado aos estudantes do segundo ciclo do ensino fundamental - sétimo, oitavo e nono ano. 

Nos dois projetos, os estudantes aprendem brincando, de forma lúdica, com o jogo de tabuleiro "Melissa e seus Amigos Combatem o Monstro Crack", que ensina, de forma divertida, crianças e adolescentes a se socializarem e evitarem o contato com as drogas.

O jogo apresenta várias alternativas que levam o participante a reflexões sobre o uso do crack. Ao longo do percurso, ele recebe orientações de conselheiros e encontra diversas situações de risco, cabendo ao jogador conseguir sair delas, ou seja, optando pelo caminho onde não encontra a droga. 

"O jogo tem a capacidade de reunir gerações diferentes em torno de uma mesa, gerar momentos agradáveis e importantes, além de proporcionar um lazer divertido e que exercita a mente", explica Faruk.

Mais específico, o projeto "Cidadania Também Vai de Moto" visa conscientizar os motociclistas sobre segurança ao pilotar. Segundo o idealizador dos projetos, os acidentes envolvendo motos justificam a necessidade de implantar programas que auxiliem o motociclista. 




"A educação no trânsito é uma questão de urgência social que afeta o desen¬volvimento da cidadania e a qualidade de vida das pessoas. Portanto, resolvemos criar alternativas que ressaltem os direitos e deveres do cidadão como participante ativo no trânsito", conclui.
Por Carmem Sanches

quarta-feira, 30 de maio de 2012

WE LOVE MUSIC ♥ After All -If You Need Me...♥

Beijos Bia Vale

QUE BOM VER QUE ALÉM DO BRASIL, OUTROS PAÍSES APRECIAM NOSSO BLOG !!

















TINHA CONHECIMENTO DAS MENINAS QUE TENHO CONTATO DE PORTUGAL... BEIJÃOO
ITÁLIA, TEM MINHA TIA LINDONA, MARAVILHOSA...

Beijos para todos que nos acompanham...
Besos a todos los que nos siguen ...
Kisses for all the followers...
De groeten aan Iedereen ...



Bia Vale

NOVELA CARROSSEL

Quando esta novela passou em 1991 , eu tinha uns 11 anos, minha filha hoje, tem 10 anos...
Gente, o que quero passar é o seguinte, assisto esta novela com minha filha, porque assim ela terá mais abertura em dividir assuntos, que se eu chegasse para conversar, ela não daria tanta importância como deve... a NOVELA TRATA DE BULLYNG, AMIZADES REAIS, FALSIDADE, GENEROSIDADE, RESPEITO,COMPREENSÃO EM TODOS SENTIDOS, CARINHO, AFETO, AMOR, COMO LIDAR COM O OUTRO, REFLETIR SE ESTAR AGINDO BEM OU NÃO, ETC... enquanto passa a novela, comentamos muito sobre os fatos, e é um momento nosso...


FAÇA ESSE TESTE, VEJA COMO SERÁ ÚTIL PARA SUA CONVIVÊNCIA COM SEU FILHO(A) !!
A NOVELA É NO CANAL ABERTO SBT AS 20:30 (oito e meia da noite)
ABERTURA ATUAL
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Entrevista com a eterna professora Helena

Beijos Bia Vale

COMO ALARGAR SAPATOS APERTADOS

Não precisa de muita água, pois quando congela, ela expande... 
e ao colocar no "FREEZER", VALE POR EM SACOLA PLÁSTICA, p higiene, e os sapatos não ficarem com cheiros ... vale para sapatos masculinos também...
Beijos , Bia Vale !!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

WE LOVE MUSIC - MENININHA / TOQUINHO

Para minha eterna menininha Yasmin

WE LOVE MUSIC- AQUARELA TOQUINHO

WE LOVE MUSIC- Susan Wong - You've Got A Friend

Beijos Bia Vale !!!

COMO LIDAR COM GENTE CHATA

FAMÍLIAS NÃO CONVENCIONAIS - DICAS PARA CONVERSAR COM SEU FILHO

Mãe e filhos
Famílias não convencionais
As famílias estão cada vez mais versáteis. Elas podem ser compostas por homens e mulheres, cada um com seus respectivos filhos, por avós que criam seus netos como se fossem filhos ou ainda por casais homoafetivos e seus herdeiros adotivos.

Diante desta variedade de tipos de famílias, todas muito respeitáveis, é preciso preparar as crianças para conviver com coleguinhas de núcleos diversos.
"Afinal ninguém quer e nem merece ser motivo de discriminação ou piada. As crianças de hoje vivem numa realidade social de grandes transformações", afirma a psicoterapeuta familiar de casal, adulto e adolescente Ana Pozza.

A psicóloga aponta que a criança moderna está inserida em uma nova realidade social, com a qual ela vem interagindo desde que nasceu. A facilidade para compreender ou se adaptar às novas formas de famílias vai depender do meio em que ela se encontra. "É preciso saber se estas questões são discutidas no ambiente escolar, se o olhar às diferenças é estimulado com foco no respeito e no amor e se os pais ou familiares ajudam a criança a amar as pessoas pelos que elas são", diz Dra.Ana.

Também é importante lembrar que a criança é um ser em desenvolvimento, que precisa dos adultos ensinando valores e princípios, ajudando-a a se adaptar às transformações da realidade em que ela está inserida. A terapeuta alerta: "Desta forma, pais que demonstram preconceitos e ideias conservadoras a respeito das novas configurações familiares, ou até mesmo das tecnologias utilizadas para a gestação de um filho (inseminação artificial), ou também adoção, tenderão a passar estes preconceitos aos filhos, dificultando assim a sua compreensão e adaptação."

Ana Pozza garante que antes de uma mãe pensar em como irá ensinar os filhos a respeitar estas diferenças é preciso que ela trabalhe estas questões dentro de si. Deve se perguntar: ‘como me sinto em relação a estas questões?’. "Procure leituras adequadas, converse com amigos e com profissionais e discuta o assunto com as pessoas, isso poderá ajudá-la a ampliar o seu olhar sobre isso. Se você já amadureceu estes assuntos e se sente tranquila a respeito dos mesmos poderá sentar e conversar com seu filho, procurando ouvir suas dúvidas a respeito", recomenda a psicóloga.

Também, segundo a terapeuta, é importante dizer à criança que o amor entre as pessoas do mesmo sexo pode existir. E, quando isso acontece, elas querem se casar e às vezes desejam ter filhos. "Você pode também explicar que alguns pais casam ou têm filhos e por algum motivo do mundo adulto eles desejam se separar ou viver em casas separadas e que isso jamais mudará o status de pai e mãe daquela criança", sugere Ana.

Se souber que seu filho zombou o destratou algum coleguinha, não permita. Converse com ele e reforce a importância de se respeitar as diferenças. "Os pais devem ensinar que ao agir assim, ele machuca, ofende e deixa o amigo triste", finaliza a terapeuta.

Por Bianca de Souza (MBPress)

AGRESSIVIDADE INFANTIL

ERROS DE BELEZA QUE OS HOMENS COMETEM

Erros de beleza que os homens cometem

quinta-feira, 24 de maio de 2012

WE LOVE MUSIC- Stand by me Bossanova / Voz-SUSAN WONG

Boa Noite, Beijão !! Bia Vale

DENUNCIE- DISQUE 100

PEGADINHA - Bungee Jump Prank ... KKK

Havaianas Soul Collection

Adorei  :)

MEDINDO AS RIQUEZAS DO SER HUMANO

Fabuloso texto escrito por Catón, jornalista mexicano.

“Tenho a intenção de processar a revista "Fortune", porque fui vítima de uma omissão inexplicável. Ela publicou uma lista dos homens mais ricos do mundo, e nesta lista eu não apareço.
Aparecem: o sultão de Brunei, os herdeiros de Sam Walton e Mori Takichiro. 

Incluem personalidades como a rainha Elizabeth da Inglaterra, Niarkos Stavros, e os mexicanos Carlos Slim e Emilio Azcarraga.
Mas eu não sou mencionado na revista.


E eu sou um homem rico, imensamente rico. Como não, vou mostrar a vocês: Eu tenho vida, que eu recebi não sei porquê, e saúde, que conservo não sei como.

Eu tenho uma família, esposa adorável, que ao me entregar sua vida me deu o melhor para a minha; meus filhos maravilhosos dos quais só recebi
felicidades, netos com os quais pratico uma nova e boa paternidade.

Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos.

Tenho pessoas que sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo apesar dos meus defeitos.

Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes porque eles lêem o que eu mal escrevo.

Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa iria dizer que tenho muitos livros e entre eles uma casa).

Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs que iriam reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.
Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como se eu fosse o dono dos céus e da terra.

Eu tenho olhos que vêem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos que acariciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram a outros, mas que para
mim não haviam ocorrido nunca.Eu sou a herança comum dos homens: alegrias para apreciá-las e compaixão para irmanar-me aos irmãos que estão sofrendo.E eu tenho fé em Deus que vale para mim amor infinito.

Podem haver riquezas maiores do que a minha?

Por que, então, a revista "Fortune" não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta? "

E você, como se considera? Rico ou pobre?
Há pessoas pobres, mas tão pobres, que a única coisa que possuem é ... DINHEIRO.

Armando Fuentes Aguirre (Catón)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

WE LOVE MUSIC- How Deep Is Your Love - Susan Wong

Amooo demaisss, a música e na voz da Susan tudo fica perfeito !! 
=)

Quem quiser ver todas as músicas do blog, vá aqui na tela ao lado direito em PERQUISAR ESTE BLOG, acima da minha foto, e põe MUSIC ...
Beijão Bia Vale

Passamos dos 1.000 seguidores

Blog + página do face ... FICO MUITO AGRADECIDA...Beijos !! Bia Vale
blog criado em 06 de abril de 2012

APRENDENDO A LIDAR COM AS PESSOAS E COM VOCÊ MESMO


Geraldo J. Ballone

Dependendo do grau de submissão que sentimos em relação à opinião dos outros sobre nós mesmos, percebemos maior ou menor dificuldade em dizer não. As vezes essa dificuldade é consequência do medo de parecermos egoístas, grosseiros, chatos, difíceis de lidar ou coisas assim. É fundamental para nosso bem-estar e para nosso senso de liberdade sabermos dizer não ou, caso contrário, podemos arriscar boa parte de nossa felicidade (e até da felicidade de nossos familiares) em função do outro.
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Além das dificuldades que aparecem ao tentarmos conciliar a sobrecarga dos afazeres de tudo aquilo que nos pedem e que não tivemos coragem de dizer não, corremos o risco também de nos frustrarmos ou deprimirmos diante da sensação de estarem se aproveitando de nós. Outras vezes não conseguimos dizer não por temermos que, se recusarmos um pedido de alguém, essa pessoa vai deixar de gostar da gente, ou por temermos que o outro tenha alguma atitude agressiva.

Na realidade esses temores de que pensem algo pejorativo a nosso respeito, só por recusamos alguma coisa, é um sentimento que nasce primeiro dentro de nós mesmos e, em seguida, acabamos projetando nos outros como se deles se originasse.

 Indiretamente é um indício de insegurança ou, pior, de altoestima baixa. Dizer sempre sim, por qualquer motivo que seja, pode trazer outros tipos de problemas. Concordar, dizer sempre sim, por qualquer motivo que seja, pode trazer outros tipos de problemas. Concordar só para ter a imagem pessoal melhor aceitável e depois descobrir que não podemos cumprir o prometido costuma ser muito pior que dizer um não decidido e educado logo de início. Concordar com tudo e perceber depois que estamos tendo de fazer alguma coisa completamente contrário à nossa vontade, pode gerar conflitos de consequências emocionais muito danosas. Ainda há o risco de fazermos alguma coisa contrariados e, portanto, muito mal feita. Sem dúvida, isso não vai melhorar nossa reputação e nem tampouco agradar os demais como pretendíamos.

Estando nossa autoestima satisfatória, teremos consciência de que os outros, principalmente aqueles que convivem conosco, já têm razões de sobre para nos julgar positivamente, para reconhecerem nossa competência, capacidade e nossos valores independentemente de nossa pretensa servidão incondicional. Aliás, é bom que a opinião dos outros sobre nossa pessoa tenha outras razões de admiração além da simples servidão. Todo mundo tem uma certa necessidade der ser amado e admirado, mas essa necessidade é tão mais presente quanto mais dúvidas temos de estarmos, de fato, sendo amados e admirados. Ora, essas dúvidas surgem em pessoas inseguras e com algum prejuízo da autoestima.

Há várias maneiras de dizer não sem depreciarmos nossa imagem pessoal.

Arranjando desculpas mentirosas é a pior delas e não costuma funcionar por muito tempo. Um não, firme, incisivo e ao mesmo tempo educado e gentil é a maneira que melhor funciona. Frases do tipo “... gostaria muito de fazer isso para você, entretanto, infelizmente, já havia marcado um compromisso anteriormente...” Ou então, “...gostaria muito de fazer isso para você, entretanto, infelizmente, tenho que terminar algumas coisas antes e não poderei fazer o que me pede da maneira como gostaria...” ou, por exemplo “... eu teria imenso prazer em emprestar-lhe esse dinheiro se não estivesse completamente duro no momento...”
Os reais motivos para o não devem ser disfarçados por aquele que nega, tendo em vista dois fatores:
primeiro devido à própria natureza humana e, em segundo lugar, o modelo dos papéis sociais. Vamos explicar: O que poderia acontecer se disséssemos, com sinceridade o real motivo para o não, tal como, por exemplo “... não me sentiria bem fazendo isso...” ou ainda “... preferia não fazer isso que me pede...” O outro, tal como nós mesmos, sempre se acha certo no direito de pedir, sempre acha que os demais poderiam ser colaborativos, sempre acha que não custa nada aos outros fazerem o que pedem, portanto, preservando o que achamos justos para nós, pareceremos ao outro estarmos sendo arrogantes, egoístas, com má vontade e coisas assim.

Desista de achar que o outro entenderá e respeitará sua opinião sobre aquilo que nos daria melhor bem-estar, principalmente quando nosso bem-estar contraria o bem estar desse outro.
Em segundo lugar, o modelo dos papéis sociais implicam em desempenharmos socialmente atitudes já esperadas no contrato social. Dizer que não podemos fazer porque estamos sobrecarregados, que estamos desconfortáveis de alguma forma, que estamos em alguma desvantagem e por isso não podemos fazer o que nos pedem, embora até gostássemos de fazer, terá sempre um efeito muito mais justificável do que não fazer apenas porque não gostamos de fazer ou porque preferimos não fazer. A sinceridade absoluta não é uma postura socialmente bem compreendida, embora seja demagogicamente recomendada como mérito. A sinceridade só tem mérito quando não contraria expectativas.

À primeira vista essa orientação pode parecer um estímulo à mentira. Na realidade é mais um estímulo à convivência social. Alguns psicólogos que tratam do assunto recomendam que a pessoa seja assertiva, faça argumentações sinceras para não sofrer conflitos e não se achar mentiroso. Mas nós estamos estimulando a convivência social e incentivando a pessoa a dar-se bem com seu próximo.
 
Vejamos o caso de você dizer à outra pessoa “... seja franco e sincero; você poderia me emprestar algum dinheiro?”. O que você sentiria se, apesar de ter pedido (demagogicamente) sinceridade, esse alguém lhe respondesse “...não, não empresto dinheiro à você porque não quero emprestar, apesar de tê-lo...” ou então, “...não empresto dinheiro à você porque tenho por princípio não emprestar dinheiro aos outros...”? No primeiro caso, além de arrogante e egoísta, a pessoa parecerá também sovina, insensível e desumana, apesar de responder com a pura verdade, no segundo caso, além de arrogante (no direito de ser cheia de princípios), foi pior ainda por considerar você, essa pessoa tão especial, simplesmente junto com todos “os outros”.
Esse capítulo trata de APRENDER A DIZER NÃO e não COMO DIZER NÃO. Como dizer não, todos já sabemos, mas aprender a dizer não de forma a preservar nossa convivência com o próximo e, consequentemente, conosco mesmo, precisa ser aprimorado. Na realidade, trata-se de uma maneira de não fazer tudo o que nos pedem, sem ter que dizer não ostensivamente. Pode não ser politicamente correto mas funciona.
 Enquanto alguns psicólogos são à favor da verdade absoluta, atribuindo à pessoa o direito de dizer não sem se sentir culpada, citando sempre motivos francos e sinceros, estamos proporcionando meios de dizer não sem que os outros julguem você culpado.
Para dizer não, algumas regras simples devem ser observadas:

1. Não comece pedindo desculpas. Isso poderá sugerir um eventual sentimento de culpa.

2. Pergunte a si mesmo se o pedido parece-lhe razoável e se você quer mesmo aceitá-lo ou não. Sempre que tiver dificuldade em se decidir, provavelmente sua vontade sincera é pelo não.

3. Se precisar de mais detalhes, peça-os antes de decidir.

4. Se chegar à conclusão de que deseja dizer não, faça-o sem rodeios.

5. Seja breve, dê sempre uma explicação, mas que pareça mesmo uma explicação e não uma série de desculpas.

6. Muitas vezes não basta dizer não. Se desejar ajudar o outro (ainda que não queira fazer o que lhe pediu), ouça com atenção o que ela tem a dizer, exponha o motivo de sua negativa e veja se pode ajudar a encontrar outra solução para o problema.

Causas da dificuldade em dizer não?
Autoestima Baixa
Com prejuízo da autoestima, fato que pode ocorrer tanto nos estados depressivos quanto nas personalidades com traços mais introvertidos e sentimentais, geralmente a pessoa se percebe de maneira autodepreciada. Normalmente essas pessoas acabam se escravizando pela opinião dos demais a seu respeito.

Como todos nós temos uma tendência a projetar nos outros nossas opiniões, ou seja, entendemos como se fosse deles opiniões que são nossas, as pessoas com autoestima baixa acreditam que os outros também vêm-nas negativamente. Quando nos sentimos chatos, desinteressantes e pouco confiáveis, temos a nítida impressão de que os outros também nos vêm assim. Uma tentativa (errada) de melhorar nossa imagem é procurando atender nosso próximo em tudo o que ele quiser da gente. Isso gera uma dificuldade enorme em dizer não.
Podemos tentar melhorar a autoestima de várias maneiras. As duas principais são a medicamentosa, quando a autoestima baixa é consequência de algum estado depressivo, ou a maneira comportamental, quando se trata de um traço de personalidade.
Comportamentalmente podemos tentar melhorar nossa autoestima fazendo uma lista das coisas das quais nos orgulhamos. Quais nossos valores, nossas habilidades, nossas coisas boas? Façamos uma lista de nossas transformações para melhor ao longo dos anos. Todos nós temos coisas boas a lembrar, seja nosso próprio crescimento pessoal, espiritual, material, seja termos simplesmente supera-lo o medo de água e aprendido a nadar, seja o nascimento de nossos filhos, enfim, listemos aquilo de bom que faz parte de nós ou que nos rodeia.
 
Lembremos que temos o direito de sentir orgulho de nós mesmos, das coisas que conquistamos e da pessoa na qual nos tornamos. Vamos adquirir o hábito de lembrar dessas nossas conquistas e entender que se alguém tenta nos humilhar estará, na verdade, expondo os próprios sentimentos de inferioridade. Vamos procurar entender que, na maioria das vezes, nós é que estamos nos permitindo sentir humilhados e não sendo humilhados de fato.
Medicamentosamente podemos melhorar a autoestima quando nossa autoimagem negativa é consequência de alguma alteração humoral ou afetiva, como são os casos, por exemplo, da depressão, do estresse, da tensão ou do esgotamento.
Insegurança
Muitas vezes temos dificuldade em dizer não, supondo que isso poderá resultar num severo prejuízo, como por exemplo, a perda da amizade, do emprego, da admiração ou da simpatia. Quando é nossa insegurança a responsável pelas dificuldades em dizer não, devemos lembrar que se não confiamos em nós mesmos, nossa própria postura diante dos demais poderá demonstrar esse acanhamento de caráter.

E como deixamos transparecer aos outros nossos sentimentos tão íntimos? Isso se chama comunicação interpessoal. Uma pequena porcentagem de nossa comunicação com o próximo se deve ao discurso ou à palavra. A maior parte dessa comunicação se deve à maneira com a qual as palavras são ditas, se deve ao tom, timbre, frequência e entonação da voz e, finalmente, à nossa mímica corporal. De um modo geral, acredita-se que apenas 7% de nossa comunicação se deve à compreensão das palavras, 13% dependem da voz (entonação, etc) e 80% da linguagem corporal. Seja pelas palavras, pelo tom de voz ou pela linguagem corporal, nossa falta de autoconfiança sempre será anunciada.

Outra questão importante é o fato das pessoas se sentirem muito ansiosas ao desconfiarem que os outros estão percebendo sua falta de segurança. Para esses casos, a sinceridade talvez seja a solução. Diferentemente do que foi dito acima, nestes casos alivia muito sermos francos o suficiente para confessar ao outro estarmos sentindo grande ansiedade neste momento. Isso demonstra, ao lado da confissão de nossa ansiedade, uma coragem compensatória ao termo liberdade em anunciar estarmos sim “nervosos”. Esse aspecto de nossa personalidade pode nos fazer parecer altamente confiáveis aos demais.
Normalmente, o esforço para dissimular um “nervosismo” acaba por gerar grande tensão emocional, muitas vezes com repercussões físicas, tais como dores de cabeça, de estômago, na nuca, tontura, falta de ar, etc., e até sensação de desmaio nos casos mais sérios.
A insegurança também deve ser abordada por duas medidas principais. Tal como a autoestima baixa, a insegurança deve ser abordada de forma comportamental e medicamentosamente. Comportamentalmente devemos pensar no desempenho de nosso papel social. Parecer que estamos com fome pode resultar mais em comida que estarmos com fome sem parecer, parecer que somos honestos rende mais crédito que sermos honestos sem parecer.
Os papéis sociais têm muito a ver com nossa linguagem corporal. A maneira como sentamos, como ficamos de pé, como olhamos as pessoas nos olhos, como somos generosos com sorrisos e atitudes amigáveis, enfim, como cuidamos de nossa empatia pessoal é fator decisivo para transmitir uma imagem segura de si e, consequentemente, nos sentirmos realmente seguros.
Ainda na questão comportamental, nosso discurso não deve conter frases tais como, “...não posso..., nunca vou conseguir..., não adianta...” Negatividade atrai negatividade, assim como positividade atrai positividade. Frases mais positivas, tais como “...tenho certeza de ... farei o possível...sou muito bom em...” ajudam a melhorar a segurança transmitida e, consequentemente, a sensação de segurança pessoal.
 De um modo geral as coisas boas não costumam cair do céu em nossa cabeça, precisamos conquistá-las com algum esforço pessoal. A questão do pessimismo e do otimismo é mais ou menos assim. Temos que dedicar um certo esforço para pensar otimistamente. A pessoa otimista sente-se muito mais relaxada mental e fisicamente.
Com otimismo confiamos mais em nossa própria capacidade. Mesmo que as coisas nem sempre deem certo só porque somos otimistas, pelo menos estará preservada nossa autoestima.
 Já vimos como sentir-se (e consequentemente agir) de modo negativo leva os outros a considerá-lo carente de autoestima. Bem, felizmente o oposto é verdadeiro. Se você passa a impressão de uma pessoa confiante e otimista, os outros vão tratá-lo como tal. Em vez de um círculo vicioso, você criará um círculo benéfico.
 Além de trabalhar os pensamentos e sentimentos, cuide para que sua aparência transpire autoconfiança; e você começará a confiar em si próprio cada vez mais. A primeira medida a adotar é uma linguagem corporal assertiva. A seguir preste atenção na altura e na entonação da voz.

Sentimentos de Culpa
A culpa é um dos sentimentos mais incômodos e do qual a maioria de nós sofre em maior ou menor grau, seja por algo que fizemos, seja por algo que deixamos de fazer. A sensação de culpa é, inclusive, a maior responsável pelo receio que temos de dizer não. Em geral os sentimentos de culpa só aparecem nessa sequência aqui colocada, ou seja, primeiro a pessoa tem que ter autoestima baixa, depois tem que se sentir inseguro e, finalmente, experimenta sentimentos de culpa.
Claro que todos nós cometemos erros no passado, seja por coisas que fizemos e não deveríamos, coisas que fizemos mal feito ou coisas que deveríamos e não fizemos. De certa forma, todos nos sentimos culpados de alguma maneira (exceto os sociopatas). Entretanto, conforme recomenda a sabedoria popular, “quando nos sentir pessimistas em relação a situação atual, devemos nos sentir otimistas quanto as condições de agir”. Todas essas atitudes comportamentais para alívio do sentimento de culpa, também válido para a autoestima e insegurança, só são eficientes quando não existe um transtorno afetivo ou do humor concomitante (tipo depressão, estresse, esgotamento ou afins).
 Outra orientação que pode ajudar é procurar fazer sempre a distinção entre o ideal e o possível. O ideal seria se tivéssemos feito assim, mas infelizmente foi-nos possível fazer assado. O ideal seria que as coisas caminhassem assim, mas elas têm se encaminhado dentro do possível.

Dicas da melhor maneira de dizer não
Já que chegamos nesse ponto, onde concluímos ser melhor dizer não às vezes do que viver angustiado por ceder em tudo e para todos, mesmo contra nossa vontade, vamos ver quais seriam as regras para um não bem dito e preservador de nosso bem estar.
1. Nunca comece a frase com a palavra NÃO. Embora seja esse o resultado final de sua fala, deixe o outro descobrir por si mesmo, durante seu discurso, que o resultado será NÃO, mesmo antes de você concluir sua argumentação.
 
2. Use uma argumentação simples, objetiva mas que, dentro do possível, faça o outro ter a mesma opinião caso estivesse em seu lugar.

3. Jamais demonstre desconforto exagerado ao dizer não; um certo constrangimento é sempre desejável mas, exagerar no constrangimento não melhora a sensação de quem recebe o não e pode transmitir a idéia de culpa.

4. Sempre que possível deixe a idéia de que concordaria com o pedido se fosse possível, mas diante desse ou daquele impedimento, INFELIZMENTE, você não ESTARÁ DISPONÍVEL.

Neste quesito pode ser aventada a possibilidade do adiamento, do tipo “...talvez em outra ocasião...”


5. Mesmo depois da negativa, continue tratando o outro com a mesma (ou mais) gentileza com que vinha fazendo. Esse quesito é importante na medida em que algumas pessoas irritam-se profundamente com a ousadia dos pedidos dos outros. Não se irrite.

Orientação Cognitiva para começar a dizer não
Sempre é bom começar sabendo dos maiores patrimônios de sua pessoa; o primeiro deles é a saúde, o segundo é a felicidade e o terceiro a liberdade. Geralmente nós só damos valor a qualquer um dos três quando os perdemos. De fato, é quase impossível pensar na existência de um deles sem os outros, entendendo a saúde como bem estar físico e mental.

Muito bem. Não sabendo dizer não, estamos sujeitos às frustrações de sermos obrigados a fazer o que não queremos, sujeitos ao esgotamento por sobrecarga, sujeitos à mágoa de nos sabermos explorados, enfim, aborrecidos por não estarmos exercendo nossa liberdade plenamente. Assim pensando, torna-se obvio a necessidade de privilegiarmos nossa saúde, bem estar, felicidade e liberdade, sabendo ainda que de nossa saúde pode depender a saúde de nossos entes queridos.
 De modo geral, a despeito de termos liberdade de exercer a caridade como melhor nos aprouver, de sermos fraternos de acordo com nossa consciência, não podemos permitir que o anseio de outros, às vezes inesgotável, venha a comprometer substancialmente nosso valioso patrimônio que é a saúde. Portanto, saber dizer não é uma das medidas mais preventivas para preservação de nossa saúde e um legítimo direito de exercer nossa liberdade. Assim procedendo, estamos honestamente contribuindo para nossa felicidade.

E aí ? vamos por em prática ?  sentir -se mais leves e viver com qualidade?
TEXTO ADAPTADO – ANNA BEATRIZ VALE